21 de março de 2011

Em tempos de Lua pomposa

Como é gostoso se perder na beleza da gordinha brilhando lá no céu. Em tempos de Lua cheia (de super lua cheia diga-se de passagem) paramos pra admirar ainda mais esse astro que nos renova todas as noites e nos faz ver que mesmo na falta de luz a natureza nos ampara sem cessar.

É como se ela quisesse ser um planeta grande, não digo em tamanho, mas em impacto de presença (essas coisas da experiência, da moral, que só a evolução interior traz), como é Jupiter, Saturno ou até Capela, como busca ser a Terra. Mas que ainda tem apenas a beleza e a graça de orbitar esse aprendiz mais velho (não em tempo, enfim). É como se soprasse no vento as frases do Tio Leminski:

"Pelos caminhos eu ando,
um dia vai ser,
só não sei quando"
[Paulo Leminski]

Carrega consigo essa magia do amor e da solidão, essa ambiguidade até meio paradoxal de carregar junto coisas que estão unidas e separadas, um belo paradoxo. Não tem companhia como as tem os satélites de saturno, aqui, é apenas ela, com seu reinado (de orgulho?).

Enfim, viagens mentais a parte, deixo aqui uma belíssima música que gosto muito do Vitor Araújo. A Lua do nome não é a gorda do céu, mas me remete as madrugadas em claro.





Vitor Araújo - Valsa pra Lua (variação do original) no Instrumental SESC SP

4 de março de 2011

Como faz

Só para fazer?