30 de abril de 2011

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26 de abril de 2011

Tocar alguém

Fotografia digital, Nikon D60, Porto, Janeiro / 2011

"Eu estava parado no patamar da escada quando ele disse:
- Tenho sete formas, navegue.
Abraçou-me. Tinha cheiro de mar. Do mar que não há nesta cidade.
Pedi que ficasse..."
[Caio Fernando Abreu]

Entrar na vida de alguém não é brinquedo, muito menos escolha.
Vem, acontece e quando se vê, já se é ferida e magia, alegria e tristeza: Já se é alguém único e ai, a responsabilidade é infinitamente grande e eterna. Eternamente responsável por aquilo que cativas.
A vida é sutil, agressiva, não mede esforços pra nos jogar pra todos os lados da emoção, nos tirar a base quando achamos estar seguros, nos tirar alguém quando menos imaginamos.
Nos joga contra nós mesmos, fazendo jogo com nossa própria voz, colocando pensamentos e vozes onde não queríamos dizer, onde felicitar ou ferir não fora a intenção de outrora nem talvez agora, onde simplesmente se queria fluir, sentir e viver.
A vida nos pede o que podemos dar mas não sabemos, maturidade com leveza, evolução com sutileza, ela nos pede sensibilidade: Sentir.

A vida só é feita pra Viver.